Grupo Violas Campaniças
Ilha dos Vidros
O chamamento da memória
Ouvir uma viola campaniça é responder a um chamamento. Não para o abismo ou desgraça mas para uma zona onde a paz de espírito envolve como crisálida tecida a doce e a tufos de penugem. As modas parecem vir lá do fundo libertando-se de amarras que as ligam às coisas perenes e belas como recordações de infância. É o chamamento da memória, dos amores passados à sombra dos seus trinados, das espirais de rodopios de mãos dadas, de corpos abraçados em comunhão. Ouvir a campaniça é lavrar um rego até ao horizonte das nossas sonoridades mais íntimas. As modas que acompanham são récitas a um tempo e a um espaço que continua a existir, porque queremos que exista. A Ilha dos Vidros pertence a um imaginário escorreito, ali, à mercê de um colectivo que morre todos os dias sem nada se saber da sua morte. Gente que atravessou a vida a pé mas que teve momentos de alegria e de amor, momentos de alegria e de amor, momentos de sorte e de azar. Venho da ilha dos vidros cantarola um almocreve atrás da charrua. Cantarola uma teenager pousando a mala dos vidros. Pedro Mestre é o legado de Manuel Bento tocador exímio, mestre na arte de dedilhar em toda a campaniça. Noiva de amor antigo, o cante ao baldão, que rejuvenesce para gáudio de todos nós.
O que Manuel Bento é agora Pedro Mestre. Acresce o talento porque Pedro está a iniciar um caminho que o levará para os outros caminhos. É construtor de violas. É ensaiador de grupos corais. Vive da viola campaniça e para a viola campaniça. Vamos em breve ouvir falar dele em particular. Nesta ilha dos vidros canta a duas vozes e assobia. É uma experiência que provoca a linha purista da tradição. É uma tentativa de levar a viola e as modas campaniças para um patamar de maior audição. Uma tentativa para que outros Pedros Mestres entrem em contacto com a viola. Iremos amplificá-la para que peça meças a outras violas e conquiste assim a atenção de potenciais tocadores. Para onde irá não se sabe. É chegado o tempo de a colocar noutras mãos e noutros ambientes. Aqui está uma tentativa. O público que ainda desconhece o mundo da viola e das modas campaniças vai ouvir novidade. E a novidade é boa. Pedro, Márcio, Celina, Lucinda e Evangelina. Deram o seu melhor para este CD. Agradecem a todos os que ouvirem.
José Luís Jones
O chamamento da memória
Ouvir uma viola campaniça é responder a um chamamento. Não para o abismo ou desgraça mas para uma zona onde a paz de espírito envolve como crisálida tecida a doce e a tufos de penugem. As modas parecem vir lá do fundo libertando-se de amarras que as ligam às coisas perenes e belas como recordações de infância. É o chamamento da memória, dos amores passados à sombra dos seus trinados, das espirais de rodopios de mãos dadas, de corpos abraçados em comunhão. Ouvir a campaniça é lavrar um rego até ao horizonte das nossas sonoridades mais íntimas. As modas que acompanham são récitas a um tempo e a um espaço que continua a existir, porque queremos que exista. A Ilha dos Vidros pertence a um imaginário escorreito, ali, à mercê de um colectivo que morre todos os dias sem nada se saber da sua morte. Gente que atravessou a vida a pé mas que teve momentos de alegria e de amor, momentos de alegria e de amor, momentos de sorte e de azar. Venho da ilha dos vidros cantarola um almocreve atrás da charrua. Cantarola uma teenager pousando a mala dos vidros. Pedro Mestre é o legado de Manuel Bento tocador exímio, mestre na arte de dedilhar em toda a campaniça. Noiva de amor antigo, o cante ao baldão, que rejuvenesce para gáudio de todos nós.
O que Manuel Bento é agora Pedro Mestre. Acresce o talento porque Pedro está a iniciar um caminho que o levará para os outros caminhos. É construtor de violas. É ensaiador de grupos corais. Vive da viola campaniça e para a viola campaniça. Vamos em breve ouvir falar dele em particular. Nesta ilha dos vidros canta a duas vozes e assobia. É uma experiência que provoca a linha purista da tradição. É uma tentativa de levar a viola e as modas campaniças para um patamar de maior audição. Uma tentativa para que outros Pedros Mestres entrem em contacto com a viola. Iremos amplificá-la para que peça meças a outras violas e conquiste assim a atenção de potenciais tocadores. Para onde irá não se sabe. É chegado o tempo de a colocar noutras mãos e noutros ambientes. Aqui está uma tentativa. O público que ainda desconhece o mundo da viola e das modas campaniças vai ouvir novidade. E a novidade é boa. Pedro, Márcio, Celina, Lucinda e Evangelina. Deram o seu melhor para este CD. Agradecem a todos os que ouvirem.
José Luís Jones
Grupo Violas Campaniças:
A viola campaniça apesar de antigamente expandir-se por quase todo o Baixo Alentejo, hoje em dia é um instrumento praticamente desaparecido do universo da música tradicional portuguesa, circunscrevendo-se somente a dois ou três concelhos e a meia dúzia de tocadores.
Actualmente, este instrumento musical é utilizado para acompanhar modas cantadas, por duas ou três vozes, mas outrora acompanhava corais e modas de baile.
Actualmente o Grupo musical Viola Campaniça constituído por cinco elementos, dois tocadores (Pedro Mestre e Márcio Isidro) e três vozes (Lucinda Mestre, Evangelina Torres e Celina Piedade) e tendo como responsável o Pedro Mestre, constitui um dos grupos musicais, senão o único, que mais contribui para a divulgação, quer a nível nacional quer a nível internacional, deste instrumento musical e, consequentemente, para a sua preservação.
A viola campaniça apesar de antigamente expandir-se por quase todo o Baixo Alentejo, hoje em dia é um instrumento praticamente desaparecido do universo da música tradicional portuguesa, circunscrevendo-se somente a dois ou três concelhos e a meia dúzia de tocadores.
Actualmente, este instrumento musical é utilizado para acompanhar modas cantadas, por duas ou três vozes, mas outrora acompanhava corais e modas de baile.
Actualmente o Grupo musical Viola Campaniça constituído por cinco elementos, dois tocadores (Pedro Mestre e Márcio Isidro) e três vozes (Lucinda Mestre, Evangelina Torres e Celina Piedade) e tendo como responsável o Pedro Mestre, constitui um dos grupos musicais, senão o único, que mais contribui para a divulgação, quer a nível nacional quer a nível internacional, deste instrumento musical e, consequentemente, para a sua preservação.
1 comentário:
A primeira vez que vi a viola campaniça foi no programa das festas da RTP e gostei,pois apesar de ter vivido no Alentejo em miudo nunca tinha ouvido falar em tal instrumento.hoje tambem vi a reportagem na RTP sobre a construção da viola campaniça no programa Portugal no Coração,o que contribui para a divulgação.bem haja
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